PLATISOR - Métodos para a gestão do montado de sobro com ataques de plátipo da região do Sor
-
AcrónimoPLATISOR
-
Fontes de financiamentoPDR 2020, Portugal 2020, FEADR
-
Referência do ProjetoPDR2020-101-031396
-
Período do projeto2018-2021
Alves Bento Sag ,Lda; Florgénese - Produtos e Serviços para Agricul. Florestas Unipessoal Lda; Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária IP; Santa Casa Misericordia Ponte de Sor; Sociedade Agricola Felizardo Prezado
Os montados de sobro são ecossistemas muito complexos e de delicado equilíbrio, característicos da Bacia Mediterrânica, com grande importância económica, social e ecológica em Portugal, ocupando atualmente cerca de 737 mil hectares, que corresponde a 23% da área florestal total (ICNF 2013). A partir da década de 80 verifica-se em Portugal um agravamento do seu estado sanitário em zonas geográficas e povoamentos relativamente bem delimitados, à semelhança do que acontece noutros países da bacia mediterrânica. Quanto aos factores bióticos foi verificado que o declínio da espécie está intimamente associado a padrões complexos nos quais as pragas (p. ex. Platypus cylindrus, Coroebus undatus) e as doenças (p. ex. Phytophtora spp, Biscogniauxia mediterranea, Botriosphaeria stevensii e Ophiostoma spp) são determinantes na morte dos sobreiros.
O Platypus cylindrus que atacava sobretudo árvores mortas ou muito enfraquecidas, surge nas últimas décadas associado ao declínio do sobreiro em Portugal, contribuindo para a mortalidade de milhares de árvores aparentemente sãs. É também um vector de fungos patogénicos cujas associações podem ser interpretadas como fazendo parte do sistema evolutivo que permitiu o incremento populacional do insecto, ou é uma adaptação para assegurar o alimento para as larvas, ou ainda um mecanismo para colonização de hospedeiros com características diferentes. Gradualmente têm-se vindo a notar um progressivo aumento dos ataques do plátipo, nomeadamente em árvores verdes. Os trabalhos desenvolvidos sobre esta problemática, têm focado as interações com outros agentes nocivos e com a árvore hospedeira, o ciclo biológico e dinâmica de populações, com a definição de medidas para o seu controlo. O desenvolvimento de métodos de captura baseados num melhor conhecimento dos mecanismos de seleção dos hospedeiros (voláteis dos hospedeiros e feromonas específicas), sendo a estratégia preferencial que está a ser implementada no seu controlo.Pretende-se assim que os constrangimentos causados pelos ataques do plátipo sejam minimizados com a consequente diminuição do seu impacte nos montados de sobro da região do Sor conjugando novas formas de gestão dos povoamentos com novos meios de luta e aperfeiçoamento dos existentes.
Com esta iniciativa, direcionada para o controlo das populações do plátipo na região do Sor, cujos impactes negativos são bastante relevantes, pretende-se desenvolver estratégias operacionais que ultrapassem os constrangimentos identificados.A conjugação de novas atividades de gestão florestal e novos meios de luta, contribuirão para:
- Reduzir o impacte económico nas zonas onde a praga se encontra presente;
- Controlar a sua expansão para novas áreas;
- Retorno da confiança dos proprietários florestais para a manutenção e plantação de novas áreas de sobreiro.
Objetivos gerais do Grupo Operacional:
- Conhecer os fatores relacionados com a distribuição espacial/temporal dos ataques do platipo;
- Conhecer a bioecologia do plátipo na região;
- Procurar alternativas aos meios de controlo já existentes (biológica e química);
- Procurar aumentar a eficácia da técnica de armadilhagem atualmente comercializada.
Em curso
-
Tags