Oak®eGeneration - Estratégias e modelos de gestão florestal para a criação de áreas de regeneração natural de sobreiro e azinheira nos montados nacionais
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AcrónimoOak®eGeneration
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Fontes de financiamentoPDR 2020, Portugal 2020, FEADR
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Referência do Projeto-
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Período do projeto2017-2021
ACHAR - Associação dos Agricultores de Charneca; AFLOSOR - Assoc. Dos Produtores Agro-Florestais da Região de Ponte de Sôr; ANSUB Assoc. Produtores Florestais do Vale do Sado; Anta de Cima - Sociedade Agricola, Unipessoal Lda; Associacao Estudo Defesa Patrimonio Natural Cultural Concelho de Mertola; Carlos Frederico Abecassis do Amaral Netto; Cesar Sacadura Mexia de Almeida; Companhia das Lezírias S.A.; Edia - Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, SA.; Herdade do Paul, Sociedade GestãoRural,Unipessoal,Lda; Pedro Sacadura Teixeira Cabral Duarte da Silveira; Sociedade Agricola do Casal das Pombas, SA
A ausência de áreas de regeneração natural (natural regeneration hotspots) é a principal ameaça à persistência e à sustentabilidade económica e ecológica dos montados de sobro (Q. suber) e de azinho (Q. rotundifolia) no sul de Portugal.
Esta ameaça consubstancia-se no contexto da atual gestão dos montados que:
- recorre quase exclusivamente à regeneração artificial (principalmente por plantação), com elevados custos, agravados aquando do insucesso das jovens plantas e;
- inclui uma intensificação de uso do solo (especificamente pelo pastoreio intensivo com gado bovino) e/ou uma extensificação com ausência de gestão florestal e falta de alternativas de uso do solo. Este facto é motivo de preocupação para os proprietários/gestores florestais que necessitam, urgentemente, de implementar práticas de gestão adequadas para:
i) aproveitar e gerir as áreas de regeneração natural que ocorrem espontaneamente nos seus montados e, mais importante;
ii) sistematizar as condições locais favoráveis ao aparecimento das áreas de regeneração natural e replicá-las em outras áreas potenciais.
Este grupo operacional propõe a implementação de esquemas de agricultural set-aside em áreas espontâneas e em áreas potenciais de regeneração natural de sobreiro e de azinheira para a sua promoção. Esta implementação inclui a gestão e a condução destas áreas de regeneração compatíveis e parte integrante dos planos de gestão dos montados. Ao gerir as áreas de regeneração natural de sobreiro e de azinheira que ocorrem espontaneamente no seus montados e ao ampliar estas áreas de ocorrência de regeneração natural com sucesso em áreas potenciais, os proprietários/gestores florestais asseguram a sustentabilidade ecológica e económica de um sistema agroflorestal de alto valor ambiental. A promoção da regeneração natural de sobreiro e de azinheira na condução/gestão dos montados constitui uma das linhas estruturantes de ações de investigação incluída na agenda de investigação e inovação do Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça.
O principal objetivo é contribuir para dotar os proprietários/gestores florestais de modelos e de recomendações de gestão de áreas de agricultural set-aside em montados de sobro e de azinho. Estes modelos e recomendações de gestão devem proporcionar a adequação das atuais técnicas de:
- gestão do sob-coberto (método, intensidade, periodicidade), de promoção da regeneração natural (regeneração natural assistida) e;
- de gestão do arvoredo para a manutenção e potenciação de áreas regeneração natural e povoamentos jardinados (natural regeneration hotpspots), durante o período de exclusão de atividade produtiva (agricultural set-aside).
De acordo com este objetivo, é necessário compreender os padrões de ocorrência de regeneração natural de sobreiro e de azinheira nas áreas de agricultural set-aside à escala local para o sobreiro (em condições de clima mais mésico, em que a proximidade do Atlântico proporciona pequenas oscilações térmicas); e para a azinheira (em condições de clima mais xérico, onde a continentalidade proporciona uma maior amplitude térmica e menor humidade relativa). A compreensão desses padrões, para o sobreiro e para a azinheira, passa por responder a duas questões principais:
- Qual o período mínimo de agricultural set-aside?; e
- Qual é a dinâmica da influência do tipo de vegetação espontânea (sob-coberto) na regeneração natural durante o período de agricultural set-aside?"
Em curso
https://ec.europa.eu/eip/agriculture/en/find-connect/projects/oak%C2%AEegeneration
https://ec.europa.eu/eip/agriculture/en/news/inspirational-ideas-natural-tree-regeneration-oak
https://inovacao.rederural.gov.pt/2/72-oak-egeneration
https://agro-inovacao.iniav.pt/images/Posters/ORADORES/floresta/PLATISOR.pdf