NOVAS ABORDAGENS NA PREPARAÇÃO DE SOLO EM PLANTAÇÕES FLORESTAIS
Fonte: Produtores Florestais
Com a crescente pressão causada pelas alterações climáticas na diminuição da precipitação, as plantações florestais têm de procurar formas de adaptação para criar condições à instalação para o desenvolvimento das plantas. Podem ser desenvolvidas várias estratégias de melhoria da retenção de água nos solos que passam pelo aumento da taxa de infiltração e o aumento do armazenamento de água útil no solo. A mobilização do solo tem um impacto importante negativo nestes dois aspectos cruciais do ciclo da água no solo. Ao expor a superfície do solo ao impacto directo da chuva, fomenta-se o escorrimento, havendo assim menos água para se infiltrar no solo. Por outro lado, o escorrimento promove a erosão que causa uma perda da profundidade do solo, da sua fertilidade e do seu teor em matéria orgânica.
O armazenamento de água útil verifica-se nos microporos com diâmetro entre os 0.05 e 0.0002 mm. Está bem demonstrado que a mobilização do solo pouco ou nada afecta o volume desta porosidade no solo. A única forma de se conseguir aumentar o armazenamento de água útil no solo passa por um aumento do seu teor em matéria orgânica. Para o efeito, é necessário reduzirem-se as suas perdas e aumentar as adições. As perdas de matéria orgânica verificam-se por erosão e, principalmente, por mineralização e, a mobilização do solo afecta negativamente estas duas perdas. O aumento das adições pode ser conseguido pela deposição de biomassa sobre o solo, em particular os “materiais” finos, ramos e folhada, de fácil decomposição (ganho).